Resenha — I Became the Mother of the Evil Male Lead
Fantasia histórica com viagem no tempo, foco em família e um tema central: cuidar também é mudar destinos.
Sobre o que é
A protagonista, Sheriel, acorda no passado como mãe do menino que, no “roteiro original”, viraria o temido vilão: Karthizel. Ela sabe aonde tudo desanda: casa fria, pai ausente (Kean/Kian) e um garoto que aprende a sobreviver endurecendo. Em vez de seguir o script, Sheriel muda a chave: cria rotina, oferece carinho e cobra limites. O alvo aqui não é “vencer a corte”, é curar um lar.
Por que funciona
- Segundas chances com propósito: a regressão no tempo não vira espetáculo; é ferramenta para fazer diferente.
- Drama doméstico bem escrito: refeições juntos, boas-noites, conversas difíceis — o webtoon mostra o poder do “pequeno todo dia”.
- Paternidade em construção: o duque sai do pedestal e aprende a ser pai, sem disputar a mãe nem o filho.
- Romance responsável: o casal cresce quando co-parenta. Amor e família caminham juntos, sem apagar as necessidades da criança.
Personagens que seguram a história
Sheriel — Protagonista de ação silenciosa. Observa, reorganiza a casa, enfrenta protocolos que machucam o filho e tem ótima leitura emocional: cuidar não é mimar. As vitórias dela são discretas e acumulativas — e isso é delicioso de acompanhar.
Karthizel — O “futuro vilão” visto como criança. Carente, hipervigilante, com recaídas críveis. O texto respeita o tempo de cura: há dias bons e dias ruins. Ver esse menino nomeando sentimentos é um dos pontos altos.
Kean/Kian — Aristocrata perfeito no público, perdido no privado. A obra não passa pano para a ausência dele, mas também abre espaço para mudança. Quando ele escolhe ser pai de verdade, a história dá os capítulos mais calorosos.
Roteiro e ritmo
O ritmo é de crescimento constante. Quase todo capítulo entrega um passo: um pedido de desculpas, um limite respeitado, um gesto de afeto na frente da corte. Não tem “virada mágica”; tem processo. E quando a política aparece (tutores, conselheiros, parentes intrometidos), ela conversa com o tema principal: quem ganha com a distância entre pai e filho?
Arte e atmosfera
A arte usa contrastes: tons frios para a etiqueta engessada da corte e paleta quente nas cenas de afeto. Muitos close-ups exploram microexpressões — perfeito para um drama que vive de olhares, silêncios e “eu te escuto” sem discurso.
Temas (em bom português)
- Quebrar ciclos: trocar frieza por presença. Rotina vira cuidado; cuidado vira caráter.
- Masculinidade sem competição: pai não disputa carinho com o filho — soma.
- Política do lar: mudar a casa mexe em interesses da corte. Educação é assunto público.
- Regressão como reparo: voltar no tempo para pedir desculpas, refazer laços e escolher melhor.
Pontos de atenção
- Tem temas sensíveis (negligência parental, ciúme conjugal, abuso emocional na linha original).
- Foco é doméstico. Se você busca ação pesada o tempo todo, aqui o brilho está nas relações.
Momentos que fisgam
- O primeiro aniversário com o pai realmente presente.
- A conversa em que o duque ouve e muda — sem orgulho ferido.
- Karthizel pedindo desculpa após uma explosão e sendo acolhido com limite.
Veredito
Leitura super recomendada para quem ama romance de evolução lenta, família em reconstrução e segundas chances que parecem de verdade. A graça do webtoon está em provar que “cuidar” é um ato político e transformador. Não tem glitter de baile o tempo todo, mas tem algo melhor: afeto com consequência.
Onde ler oficialmente
Leia I Became the Mother of the Evil Male Lead em inglês na plataforma licenciada Tappytoon.
➜ Ler na Tappytoon (EN)*Apoie os criadores lendo em plataformas oficiais. A disponibilidade pode variar por região.

📚 Criadora do Miroma Yndna, escrevo sobre manhwas, animes e cultura asiática de forma simples e inspiradora.