Don’t Worry, We Both Agreed to This Fraudulent Marriage — Resumo completo, personagens e temas
Também conhecido em coreano como 걱정 마세요, 합의된 사기 결혼입니다, este romance de fantasia com casamento por conveniência equilibra humor, intriga política e um relacionamento que nasce de uma farsa, mas amadurece com sinceridade. Abaixo, você encontra um panorama completo da história, uma leitura dos personagens principais e as principais temáticas — ideal para quem quer conhecer a obra ou preparar-se para mergulhar no manhwa/novel.

Visão geral da obra
Don’t Worry, We Both Agreed to This Fraudulent Marriage é uma história de romance fantasia que utiliza o trope do casamento por contrato para conduzir um enredo cheio de jogos de poder, vingança, diferenças de classe e uma boa dose de comédia verbal. A premissa começa simples: um duque marcado por uma tragédia e uma mulher famosa nos subúrbios por sua astúcia firmam um casamento de fachada — cada um com seus motivos práticos — e descobrem, aos poucos, que a convivência desarma as máscaras.
A obra nasceu como web novel na Coreia do Sul e ganhou adaptação em manhwa (webtoon). O texto trabalha contrastes: corte imperial versus gueto; nobreza e etiqueta versus sobrevivência nas ruas; um herdeiro frio e calculista versus uma protagonista de língua afiada, pragmática e surpreendentemente leal.
Enredo (sem spoilers críticos)
O protagonista masculino, Yulíkian (frequentemente grafado como Yulrikian), é um grão-duque cuja família foi destruída pela ambição do próprio tio, que orquestrou a queda dos pais e ascendeu ao trono. Para sobreviver, Yulíkian adota uma estratégia extrema: fingir ser um desregrado. Ele circula pelos bairros pobres, mantém-se deliberadamente em má companhia e cultiva uma reputação de “nobre problemático”. Quanto menos parecer uma ameaça, menor a chance de se tornar alvo direto da corte.
Nesse cenário ele cruza o caminho de Maddie, figura célebre e temida nos subúrbios — a “Maddie Louca” — conhecida por aceitar quase qualquer trabalho por dinheiro: desde entregar recados e encontrar objetos até tarefas “delicadas”, perigosas e, às vezes, fora das regras. Maddie domina o ambiente das ruas, reage rápido e não se acanha diante da nobreza. Sua arma mais afiada é o raciocínio: ela lê situações em segundos, negocia com humor mordaz e não aceita ser diminuída.
Após testemunhar de perto as habilidades de Maddie em um encontro que envolve assassinos e uma fuga precisa, Yulíkian tem uma ideia ousada: convidá-la para um casamento de fachada. Não é uma proposta romântica — é um pacto. Ele precisa arruinar ainda mais sua própria imagem para continuar invisível aos olhos do imperador (o tio), enquanto ganha uma aliada capaz de navegar pelos becos, coletar informações e agir onde nobres não podem. Para Maddie, a oferta traz dinheiro, proteção e a chance de negociar em pé de igualdade com alguém da elite.
Os termos do acordo são diretos: ser marido e mulher apenas no papel, cada um ajudando o outro a cumprir objetivos práticos. Mas a convivência cotidiana — conversas mordazes, cuidados não assumidos e o compartilhamento de riscos — começa a corroer a barreira entre o que é fingimento e o que é real. A química nasce menos de demonstrações românticas e mais de tiki-taka verbal, de pequenos gestos e confiança construída no calor do perigo.
Enquanto isso, as tramas políticas se adensam. Com o tempo, fica claro que invisibilidade não basta; será preciso jogar o jogo da corte — expor fraquezas do círculo do imperador, proteger aliados improváveis e, sobretudo, decidir se a vingança é um fim em si ou um passo rumo a uma vida possível. A cada conflito, Yulíkian e Maddie testam limites: até onde vão por esse casamento “fraudulento”? O que estão dispostos a perder para que a verdade venha à tona?

A estrutura do enredo intercala momentos de ação — perseguições, emboscadas, missões sigilosas — com cenas de comédia e afeto. Maddie, com sua ironia afiada, faz contraponto ao pragmatismo rígido de Yulíkian; ele, por sua vez, revela camadas que negam o estereótipo do aristocrata frio. As situações cotidianas da vida de “casados” — regras de etiqueta, jantar na frente dos criados, dividir espaços — tiram risos e, ao mesmo tempo, funcionam como espelho: o que é performance, o que é verdade e o que está nascendo ali?
Conforme os capítulos avançam, o plano de mera sobrevivência dá lugar a um projeto de retomada: investigar os passos do imperador, mapear apoios na nobreza, desmontar calúnias e, principalmente, proteger inocentes pegos no fogo cruzado. A obra é hábil em mostrar que, por trás da pompa, o poder é feito de microacordos, favores cobrados e segredos sussurrados. E poucos personagens — talvez nenhum — navegam isso tão bem quanto Maddie, que sabe “ler” pessoas e salas como quem decifra um mapa.

Personagens principais
Yulíkian (Grão-Duque)
Nascido para ocupar uma posição central no império, Yulíkian viu sua vida ruir com a conspiração do tio — o homem que, após eliminar os pais do protagonista, tomou o trono. Entre a culpa do sobrevivente e a obrigação de se manter vivo, o duque escolhe a estratégia da camuflagem: parecer fraco para, mais tarde, ter chance de agir. Inicialmente contido e calculista, ele se revela alguém que valoriza justiça e lealdade. Seu arco gira em torno de abandonar a sobrevivência passiva e assumir a própria história — algo que só se torna possível quando encontra uma cúmplice à altura.
Maddie (“Maddie Louca”)
Maddie é o coração pulsante da obra. Enfrentou o mundo com humor ácido, coragem prática e uma inteligência que se traduz em leitura fria de cenários. Ela não se intimida com títulos, usa a língua como espada e não permite que o passado (ou a pobreza) definam seu valor. A proposta de casamento é, para ela, um negócio. Mas, capítulo após capítulo, Maddie revela empatia e senso de justiça tão intensos quanto seu ceticismo. É uma protagonista “hands-on”, que faz, resolve e improvisa — e, quando precisa, também ferve.
O Tio — agora Imperador
Sem nomear em excesso, a figura do imperador — outrora o tio de Yulíkian — representa o poder usurpado. Ele é a síntese da corte: aparência de ordem, bastidores de violência. Como antagonista, funciona não só como ameaça direta, mas como engrenagem de um sistema de medo e silêncio. Enfrentá-lo significa também confrontar a cultura política que o sustenta — algo que exige aliados, planejamento e a coragem de sair do esconderijo.
Temas, estilo e por que funciona
O eixo da história é o casamento por conveniência que vira terreno fértil para um relacionamento de confiança. Em vez de investir só em cenas declaradamente românticas, a obra aposta na parceria em ação: encarar perigos, dividir riscos, resolver problemas e, no caminho, abrir brechas para a intimidade. O humor nasce do choque entre mundos — o nobre que finge não ligar para nada e a mulher que não finge nada — e sustenta a leitura entre os arcos de maior tensão.
Outro pilar é a intriga política. O império não é apenas pano de fundo; é um tabuleiro em que cada gesto tem consequência. A narrativa sugere que o poder é menos sobre brasões e mais sobre informação, presença e timing — áreas onde Maddie brilha, e onde Yulíkian, aos poucos, volta a exercer sua vocação. Há, ainda, camadas de classe social: o que define valor num mundo tão preso a títulos? A obra responde pela prática: competência, lealdade e coragem.
Por fim, o texto equilibra ritmo. Mesmo quando avança por arcos de investigação mais lentos, retorna ao humor e ao afeto para manter a narrativa arejada. E quando a ação explode, não perde os personagens de vista: decisões têm impacto emocional, o passado dói e o futuro cobra posicionamento.
Para quem esta obra é indicada
- Leitores que gostam de romance com parceria ativa (mais duelos verbais e missões do que flores e serenatas).
- Fãs de intriga de corte, com jogos de poder, chantagens e reviravoltas.
- Quem busca uma protagonista afiada e competente, capaz de conduzir ações e virar a mesa.
- Quem aprecia o trope “casamento por contrato” levado a consequências políticas e emocionais.
Conclusão
Don’t Worry, We Both Agreed to This Fraudulent Marriage se destaca por transformar um acordo cínico em um estudo sobre confiança. O “fraudulento” do título vira ironia: dentre intrigas e farsas, é no casamento de fachada que os protagonistas encontram a verdade — sobre si, sobre poder, sobre o que vale a pena preservar. Com química afiada, humor de confronto e uma construção de mundo que usa a corte como motor de suspense, a obra entrega uma leitura envolvente tanto para quem busca romance quanto para quem gosta de tramas políticas.

Onde ler oficialmente (Coreano)
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